segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Más Notícias para quem tem problemas com a falta de espaço nos armazéns


Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Problemas com a falta de espaço no seu armazém?

As medidas paliativas como o acondicionamento de materiais em corredores e plataformas ou a utilização de galpões em lona ou infláveis já não surtem mais efeito?

A estocagem externa em Operadores Logísticos, além de gerar custos adicionais, levou a um descontrole sobre o inventário e a uma maior complexidade operacional?

Sua empresa já estudando a viabilidade técnico-econômico-financeira de construir um novo Centro de Distribuição com recursos próprios ou através de investidores na modalidade built-to-suit? Ou resolveu partir definitivamente para a terceirização total das operações logísticas?

Bem, não importa a solução adotada. Em todas elas você terá o mesmo problema, mais cedo ou mais tarde, a FALTA DE ESPAÇO! Mesmo que você construa ou alugue instalações físicas além da sua necessidade atual, em breve, muito antes do que você imaginar, você enfrentará novamente o mesmo problema: a FALTA DE ESPAÇO!

Mas, qual a razão disso? Na quase totalidade dos casos, quanto mais espaço você criar, mais estoque você terá! Isso ocorre em função de um "afrouxamento" em todos os processos relacionados a vendas e marketing, produção, compras e PCP. Na prática, todos os departamentos envolvidos flexibilizarão suas decisões, premissas e variáveis-chave de decisão.

A área de produção, por exemplo, aproveitará para reavaliar os lotes mínimos de fabricação e a necessidade de setups em seus maquinários; o setor de Compras, por sua vez, utilizará a oportunidade para negociar volumes adicionais com seus Fornecedores e antecipar pedidos para aumentar seu poder negocial. Vendas, por fim, argumentará que com o espaço excedente poderá formar uma segura e robusta política de estoques para atender seus clientes prontamente.

Isso tudo, aliado à maior complexidade logística em função do aumento do número de itens comercializados, necessidade de controle por lotes, redução no tamanho dos pedidos, atuação em novos canais de distribuição e aumento da logística reversa, acarretará em uma verdadeira "bomba relógio" pronta para explodir a qualquer momento, nas mãos da área de logística.

Portanto, a solução não está na ampliação da capacidade de estocagem, mas sim na revisão de seu processo de planejamento de vendas e operações e no redimensionamento de sua política de estoques. Precisaremos trabalhar na eliminação dos erros e na redução das "folgas".

Mais radical, empresas asiáticas estão desmontando seus porta-páletes e partindo para um processo de "desverticalização" de seus armazéns, para justamente limitar essa "folga" existente. Desde então, estocam apenas de forma blocada, com empilhamento máximo de dois ou três páletes. De uma forma simples, operam em um sistema kanban: se tiver espaço produz, se não tiver, não produz, portanto, os erros nas previsões de vendas precisarão ser os menores possíveis.

Se você simplesmente atender elasticamente à crescente necessidade de espaço, apenas aumentará o tamanho do seu problema e postergará a explosão dessa "bomba relógio". Até lá, será "acusado" pelo aumento dos custos logísticos, pela inexistência de um plano diretor em logística e da falta de visão estratégica, etc.

Aí está a má notícia, não será tão fácil resolver esse problema. Você precisará ser extremamente hábil e diplomático para envolver a área Comercial e Marketing, Produção, Compras e PCP sem criar problemas e sem ser boicotado (ou até perder seu emprego).

Precisará supera obstáculos culturais, desmistificar verdades internas, transpor barreiras relacionadas a sistemas, rediscutir processos, questionar relações de poder.

Está pronto para essa longa e emocionante jornada? Boa sorte!

Conferente, uma importante peça na engrenagem do armazém. O que você está fazendo para atrair e reter bons profissionais para essa função?


Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda


Vivemos um momento difícil no que se refere à gestão de pessoal em armazéns. Está difícil atrair e reter os melhores talentos. Muito disso, devido ao crescimento econômico, mas parte também pela falta de bons profissionais no mercado. O desequilíbrio entre a oferta e a demanda tem encarecido essa mão-de-obra. Isso, somado à maior qualificação dos profissionais, em função do acesso às universidades, colabora ainda mais para o aumento dos custos com funcionários. Já não é novidade encontrarmos líderes operacionais, conferentes, operadores de empilhadeira e até auxiliares de operação com o terceiro grau concluído ou em fase de conclusão; em alguns casos mais raros encontramos até profissionais com pós-graduação.

Diante da escassez de profissionais, as empresas, em um primeiro momento, reduzem as exigências mínimas para o cargo e flexibilizam seus critérios de recrutamento e seleção; em um segundo momento são obrigadas a rever salários e o plano de benefícios. Por fim, em um terceiro momento precisam desenvolver um plano de cargos e salários e sistemas de remuneração variável.

Encarregados, líderes operacionais, conferentes, pickers, operadores de empilhadeiras, auxiliares operacionais... afinal em qual função devemos direcionar nossos esforços?

Não existe cargo ou função mais ou menos importante em uma operação de movimentação e armazenagem de materiais; podemos considerar todas igualmente importantes, mas sem dúvida alguma, os conferentes desempenham um papel primordial no tocante à acuracidade das informações, produtividade nas docas e nível de serviço aos Clientes.

Pelas mãos e sob os olhos atentos dos conferentes passa tudo aquilo que entra e sai de um armazém. Trata-se de uma difícil profissão, que não permite falhas ou descuidos, pois qualquer erro poderá se traduzir em enormes prejuízos para Fornecedores, Clientes internos e externos.

Conferentes precisam reunir qualidades imprescindíveis até para os mais altos escalões em qualquer área. Devem, acima de tudo, ser extremamente honestos. A essa importante virtude, complementamos com disciplina, rigor, capacidade analítica, flexibilidade, etc.

Tamanha importância raramente é reconhecida pelas empresas. Embora exerçam atividades que exigem altíssima responsabilidade e confiança, não recebem formação adequada e acabam aprendendo no dia-a-dia, em meio a erros e acertos. É um aprendizado difícil e doloroso, e que muitas vezes implacável, que resulta na demissão desses profissionais!

Faltam bons conferentes no mercado. Se você conta com um ou mais bons profissionais na sua empresa, faça o possível e o impossível para retê-los. Custará muito caro a reposição de um profissional de boa qualidade.

E o que pode ser feito nesse sentido?

Invista em treinamento, seja para a capacitação ou reciclagem desses profissionais. Afinal, qual foi a última vez em que seus conferentes participaram de um treinamento?
Ofereça a esses profissionais todas as ferramentas necessárias para o bom desempenho de suas atividades, seja em infra-estrutura física, pessoas ou tecnologia da informação.

Estabeleça um canal de comunicação com toda equipe operacional. Ouça os seus colaboradores, reflita em conjunto com eles e identifique oportunidades de melhorias. Incentive-os a buscar soluções criativas e de fácil implantação.

Certifique-se que a liderança formal desempenha um papel adequado junto à equipe. Caso contrário, isso poderá gerar um gigantesco problema e produzir resultados altamente indesejáveis.

Defina indicadores de desempenho e metas. Capacite a sua equipe a buscar a melhoria contínua através das tradicionais ferramentas da Qualidade Total, como o PDCA, 5W2H, Diagrama de Ishikawa, Brainstorming, Cinco Porquês, etc. Comemore os resultados alcançados e premie a sua equipe.

Agindo dessa forma, você poderá reter seus melhores profissionais e desenvolver sucessores capazes de manter ou até melhorar o nível de serviço atual. Boa sorte!

O Esforço Inútil de Vendas na Prestação de Serviços Logísticos


Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda 

Muitas vezes não temos a contra-partida adequada ao investirmos recursos adicionais na equipe comercial. É difícil entender o porquê disso, pois ao ampliarmos a força de vendas, esperamos aumentar rapidamente a receita com novos Clientes e Clientes atuais.

Mas porque isso acontece?

Isso ocorre em função do que podemos chamar de "esforço inútil" de vendas, algo que passa despercebido por muitos gerentes comerciais e até mesmo pelos próprios profissionais da área. Esse "esforço inútil" pode consumir até 70% do tempo de um vendedor ou executivo de vendas.

O "esforço inútil" de vendas corresponde a importantes horas dos vendedores ou executivos de vendas desperdiçadas em ações de pouca ou nenhuma efetividade de vendas; embora pareça que se está trabalhando muito, na prática, pouco está sendo feito para contribuir em novos negócios.

São exemplos de "esforços inúteis" de vendas:
- prospecção de clientes fora de perfil: isso acontece muito, principalmente quando não existe uma orientação estratégica clara para os vendedores ou executivos de vendas; uma Transportadora ou Operador Logístico pode atuar em 5 a 10 segmentos diferentes, mas nunca em 20, 30 ou 40 segmentos como vemos ao levantar a quantidade de segmentos cadastrados. Essa falta de foco atrai Clientes pouco atrativos para a sua empresa.
- visitas a clientes atuais, sem foco algum de geração de novos negócios: essa é a tradicional política de "boa vizinhança", na qual o vendedor ou executivo de vendas visita o Cliente para um cafezinho ou almoço. Qualquer visita a um Cliente deve ser previamente preparada e deve conter objetivos claros de obtenção de receitas adicionais, seja através de novos negócios ou com a renegociação de contratos.
- comparecimento a visitas agendadas e não realizadas: isso ocorre com certa freqüência e pode consumir até 10% do tempo dos profissionais da área comercial; por isso, é importante que o vendedor ou executivo de vendas confirme a reunião e reforce a sua presença 60 a 90 minutos antes da visita.
- atendimento a Clientes "C": apenas Clientes "A" e "B", que respondem por 90% do faturamento total da empresa devem receber atenção particular dos vendedores e executivos de vendas; os demais Clientes serão atendidos se restar tempo; na prática, muitos desses profissionais da área comercial acabam investindo seu precioso tempo em Clientes de baixa representatividade e potencial e deixam de atender Clientes mais importantes.
- atividades administrativas sem valor agregado: muitas Transportadoras e Operadores Logísticos exigem de seus vendedores e executivos de vendas o preenchimento de longos relatórios ou o cumprimento de rotinas administrativas internas, muitas vezes diariamente. Não que isso seja errado, mas apenas avalie o valor agregado que isso realmente gera e o tempo despendido pela equipe comercial. Avalie se isso não pode ser simplificado ou informatizado.

Através de ferramentas de gestão da rotina da equipe comercial será possível monitorar esses "esforços inúteis" e redirecionar a atuação de seus vendedores e executivos de vendas.

Com isso você terá uma equipe menor, mais enxuta, mas muito mais produtiva.

Resumindo, você venderá mais com um menor investimento em recursos. Se você atualmente gasta R$ 2,00 a R$ 3,00 para cada R$ 100,00 faturados, poderá reduzir isso em até 20% ou 30%!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Programa da TV ABCD News

Prezados,

Segue link de entrevista com nosso diretor Marco Antonio Oliveira Neves da Tigerlog.

http://www.tvabcd.com.br/reprises/log-comex/programa-log-comex-n-44/