Artigo escrito por: Geraldo
Freire, Gerente
Regional de Logística da Fast Shop Comercial.
Ao ler uma reportagem de uma revista de
gestão executiva, constatei o que vivi na gestão de minha Regional Logística.
Trabalho hoje com cinco unidades
operacionais (cinco centros de distribuição) distribuídas em três estados. Rio
de Janeiro (1), Minas Gerais (2) e Bahia (2), onde sou responsável direto pelos
resultados operacionais e financeiros.
No início foi difícil, não posso negar,
mas diferente do que tinha planejado analisando apenas os indicadores, vi uma
oportunidade na alavancagem desses mesmos indicadores. Utilizando uma ferramenta muito diferente da
que inicialmente tinha planejado.
Ao visitar cada unidade pude me familiarizar
com os líderes, com as equipes e conclui
que a mera cobrança ou o mero direcionamento técnico não surtiriam efeitos na
velocidade que a empresa necessitava.
Foi então com base na conversa e
levantamento dos sonhos individuais de cada líder pude montar minha estratégia
para alavancar os resultados de minha recém criada Regional Logística, a
Regional Norte.
O primeiro passo como disse foi
conversar com todos os lideres de cada Centro de Distribuição. No segundo
momento estendi essa conversa com segundo escalão de lideres edificando os recursos
futuros, os lideres em potencial de cada segmento dentro da estrutura do Centro
de Distribuição.
Surge assim um novo desafio, onde pude
constatar a real necessidade do emprego de técnicas de gestão não de
resultados, mas de gente. Isso mesmo GENTE.
Olhar no olho, sentir na pele a
necessidade de cada um que compõe a cadeia de comando. Ouvir os mais
qualificados, os mais antigos na empresa e também os mais novos.
Não sendo especialista em RH, busquei
em meus registros e apontamentos sobre técnicas de gestão de pessoas, mas todos
ainda eram superficiais e não atendiam minha necessidade, ou deve dizer minha ansiedade.
De volta a matéria da revista cujo
titulo era “O novo profissional” me identifiquei de pronto com as palavras da
autora, pois “atuar em Recursos humanos exige mais que habilidade de lidar com
pessoas. É preciso uma visão ampla do negocio, pensamento estratégico e
capacidade de liderança.”
Bom com esse estimulo busquei conhecer
o negocio de forma regional e junto com o time começamos a ter um pensamento
estratégico mais próximo da realidade do grupo, dentro do escopo macro da
empresa. Assim pude desenvolver com o
time o sentimento de comprometimento nos resultados e exercer de verdade a
liderança.
Definindo mais uma vez o papel de cada
um na estrutura organizacional, mas agora com uma visão diferente, não de cima
pra baixo, ou seja, do chefe para o subordinado.
Agora a definição da estrutura era de
dentro pra fora, ou seja, o que a empresa espera de você. O que de fato você pode fazer na sua esfera
de atuação, para que a empresa cumpra seus compromissos com nossos clientes
finais.
Enfatizando a todos nosso real papel
na estrutura da empresa e qual era a nossa verdadeira missão.
Nossa
real missão como logística: real
como titulo de nobreza, pois a valorização das funções começa aí na valorização
do que cada um faz e fez para o sucesso do negocio: por isso servir é a nossa
missão... Servir nossos clientes internos e externos, dentro dos prazos,
volumes e condições combinadas.
Esse momento foi decisivo e pude então
colocar em pratica meus conhecimentos adquiridos no meio militar, cujo
principio basilar é o respeito aos lideres, pares e subordinados.
Mobilizamos todo o time e conseguimos
atingir todos os resultados melhorando não só o desempenho nos resultados
medidos por indicadores logísticos, mas o principal deles a auto-estima. Consegui despertar em cada colaborador o
sentimento de dever cumprido o sentimento de poder participar e dizer – eu
ajudei a fazer isso...
Depois dessa rica experiência ficam
algumas dicas:
1.
Respeite
a todos. Respeite as limitações individuais e faça bom proveito delas, veja na
limitação do outro uma oportunidade para desenvolvimento;
2.
Ouça
mais, parece redundante, mas funciona;
3.
Converse
com todos os níveis da operação. Não se
prenda aos lideres, você poderá ter que trocá-los e não saberá onde buscar
recurso para substituí-los;
4.
Descubra
talentos no time. Entre na operação conheça toda rotina e todo o time;
5.
Seja
humilde para reconhecer quando não dá e peça ajuda. Nunca desista facilmente, lembre-se você é
comandante de todo processo se falhar seu time não vai acreditar em você.
6.
Use
a mística do trabalho em equipe, onde o líder deve ser sempre o exemplo a ser
seguido.
7.
O
medo é arma dos fracos, por isso seja forte e não tenha medo de fazer.
Em 23/06 realizaremos o treinamento Lideranças em Logística - Gestão Orientada para resultados, em São Paulo - SP. Maiores informações através do website www.tigerlog.com.br/curso.asp
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