segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Artigo: 2013, um ano difícil para quem trabalha com transportes


Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Fácil não é, nem nunca será. Trabalhar com transportes exige amor e dedicação. Cada dia é um dia diferente do outro; a cada dia novos desafios precisam ser superados. E não espere que isso mude, pois não mudará!

Este ano será um verdadeiro "teste" para todos aqueles que atuam no setor de transportes, seja como Embarcador ou Transportadora. Não importa o lado em que você estiver, pois as dificuldades serão gigantescas para todos.

De um lado a Transportadora, "calejada" e cansada. Abatida e enfraquecida pelos repetidos resultados medíocres, pouco atrativos sob a ótica dos acionistas. Olhando o futuro, enxergam um cenário desolador e preocupante, de aumentos de  custos operacionais, necessidade constante de investimentos, restrições à operação, problemas na infraestrutura, congestionamentos nas grandes cidades, falta de motoristas, etc. No limite de suas forças e tolerância, sabem que precisam mudar e que devem fazer as coisas de uma forma diferente. A grande maioria não enxerga um caminho seguro a seguir, e tampouco vêem uma "luz no final do túnel".

Do outro lado, os Embarcadores, pressionados pelas suas matrizes, executivos e acionistas, preocupados com o frete e com a qualidade do serviço como nunca estiveram. Cada vez mais entendem a importância da logística para seu negócio, mas recusam-se a entender que isso custa, e que custa muito caro.

2013 é o ano em que planos, expectativas e  interesses se chocarão, devido ao seu caráter antagônico. Um lado deseja (e precisa) ampliar a rentabilidade, e para isso reajustará os fretes e procurará tornar o seu negócio lucrativo, custe o que custar. O outro, brigará para resolver o binômio custos versus nível de serviço e utilizará todas as suas artimanhas e ferramentas para impedir ou minimizar o aumento dos custos logísticos.

Sabe quem levará a melhor? Ninguém! Será um ano difícil, de muitos conflitos, muitas discussões, blefes, indas e vindas. Muitas transportadoras, unilateralmente, deixarão seus Clientes. Muitos Embarcadores, de forma semelhante, encerrarão suas parcerias com suas transportadoras. E todos perderemos com essa volatilidade!

Como se livrar de tudo isso?

Comece entendendo seus custos, não importa o lado em que você esteja. Aprofunde-se nos seus números e identifique os problemas existentes e as oportunidades de melhorias possíveis. Torne-se um especialista em custos!

Depois, busque desenvolver ações de melhoria que envolvam ambas as partes. Estimule o trabalho colaborativo. Desenvolva a si mesmo e o seu parceiro. Tenham uma agenda em comum.

Desenvolva relações de longo prazo. Tenha planos para hoje, para amanhã e para depois de amanhã. Não seja míope, enxergue distante.

Tenha contratos e especifique claramente os direitos e deveres de cada parte. Aja de forma justa.

Tenha indicadores de desempenho. Meça e monitore a performance de cada parte. Mas, trabalhe de forma positiva; não mensure para punir, mas para aprender, corrigir, melhorar e evoluir.

E dialoguem. Conversem. Acostumem-se a se reunir, pelo menos uma vez ao mês. E trabalhem de forma positiva.

Boa sorte a todos!
TREINAMENTOS EM DESTAQUE
 
- Custeio e Formação de Preços para o Transporte de Carga Lotação e Fracionada
TREINAMENTO CONFIRMADO - Últimas inscrições!
Data 02/02/2013 das 08h00 às 17h00
Local Hotel Bristol, Guarulhos - SP
Investimento 500,00

- Básico em Movimentação e Armazenagem de Materiais 
Data 20/02/2013 - 08h00 às17h00 
Local Novotel Ibirapuera - SP
Investimento 400,00

- Básico em Gestão e Operação de Transportes
Data 21/02/2013 - 08h00 às 17h00
Local Mercure Privilege - SP
Investimento 400,00

- Formação de Controllers em Logística - NOVO!
Data 04 e 05/03 - 08h00 às 20h00
Local Mercure Privilege - SP
Investimento 1600,00

Maiores informações através do e-mail treinamento@tigerlog.com.brou através do site www.tigerlog.com.br

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Artigo: Geração NEM NEM, você conhece? Como isso pode afetar a área de logística e transportes?




Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.

Calma, calma, não se trata de uma geração alternativa aos já conhecidos baby boomers, X, Y e Z. Infelizmente, é pior do que isso.

Segundo estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), tendo como base o Censo Demográfico de 2010 do IBGE, um em cada cinco brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalha nem estuda; essa é a chamada geração nem-nem, dimensionada em 5,3 milhões de jovens. Se fossem computados os jovens que ainda procuram alguma ocupação, o número saltaria para 7,2 milhões.

Tratam-se de jovens que desistiram de procurar trabalho, porque não têm quase nenhuma qualificação, e tampouco querem voltar a estudar, porque não se sentem atraídos pela escola. Grande parte desses jovens se colocarão no mercado de trabalho como assalariados sem carteira assinada, em empregos de baixíssima qualificação, comprometendo o seu futuro, podendo levá-los inclusive para a criminalidade.

Segundo dados do estudo, as mulheres, principalmente em razão da maternidade, são maioria nesse grupo; elas somam 3,5 milhões, e os homens, 1,8 milhão. O impacto também é maior entre os mais pobres; nas camadas menos favorecidas a geração nem-nem chega a representar quase 50 por cento  do total de jovens entre 18 e 25 anos. Nas regiões Norte e Nordeste, a incidência passa dos 25 por cento, contra 13 por cento  no Sul e 17 por cento no Sudeste.

O contingente de 5,3 milhões de jovens inativos no Brasil ocorre num momento em que o país tem baixas taxas de desemprego e os empresários se queixam de escassez de mão de obra.

Hoje em dia só não estuda quem não quer. Mesmo aqueles que trabalham o dia todo ou à noite tem como fazer treinamentos de capacitação técnica nos finais de semana ou em modalidades de ensino à distância. A verdade é que muitos desses jovens estão mais preocupados com seus times de futebol, tatuagens, piercing, cores de esmalte, cortes de cabelo, baladas, treinos de academias, letras de músicas obscenas, facebook, etc. do que com o seu futuro, com a sua qualificação, com seu crescimento pessoal e profissional. Tem como ídolos os jogadores de seus times, cantores de quinta categoria ou lutadores de artes marciais, quando deveriam se espelhar em seus pais, em seus educadores, em empresários de renome, em profissionais liberais, em acadêmicos e estudiosos, em religiosos, etc. Nada contra artistas (se assim podemos chamar) e esportistas, mas o mundo não se restringe a isso.
 Esses jovens são sustentados por pais, avós, cônjuges. Cada vez mais adiam a partida da casa, afinal quem não gosta de casa, comida e roupa lavada (e passada) sem custo ou esforço algum? De geração nem-nem para um neném praticamente não falta nada!
 Essa geração perdida vai fazer falta para um crescimento sustentado, e forçará as empresas a aumentar a produtividade dos que estão trabalhando. Aqueles que levam a vida a sério, que muitas vezes tem em suas casas alguns desses nem-nem serão cobrados por fazer muito mais com menos, que é a essência da produtividade.

Não podemos esquecer que as operações logísticas são, na sua grande maioria, de mão de obra intensiva, e com certeza esse contingente de jovens sem um mínimo de competência técnica poderá comprometer o crescimento das Transportadoras e Operadores Logísticos. Já faltam motoristas, líderes operacionais, conferentes, operadores de empilhadeira, separadores de mercadorias, etc.

O que fazer? Infelizmente a questão é complexa. Dependemos de investimentos em educação. E dependemos do interesse e vontade desses jovens e de outros que ainda virão. Aqui comemoramos com total entusiasmo o fato de nosso time de futebol ser campeão, a ponto de parar parte da maior cidade do Brasil. Aquele que não ganhou agora fará questão de fazer algo parecido quando chegar a sua vez. Infelizmente (mais uma vez) não nos mobilizamos para criticar e destronar políticos corruptos, tampouco para clamar por uma correta aplicação do dinheiro público.

E assim as coisas seguem. E assim a logística vai ficando cada vez mais cara e mais difícil!

TREINAMENTOS EM DESTAQUE

- Custeio e Formação de Preços para o Transporte de Carga Lotação e Fracionada. 

02/02/2013 das 08h00 às 17h00
Hotel Bristol, Guarulhos - SP
Investimento 500,00

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20/02/2013 - 08h00 às17h00
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21/02/2013 - 08h00 às 17h00
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- Formação de Controllers em Logística
04 e 05/03 - 08h00 às 20h00
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Investimento 1600,00

Maiores informações através do e-mail treinamento@tigerlog.com.brou através do site www.tigerlog.com.br

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Dez deveres de casa de todas as Transportadoras e Operadores Logísticos em 2013





Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.
  
2013 está aí e novos desafios serão impostos em um ano que não deverá ser tão diferente deste. Portanto, esteja preparado. Abaixo relaciono dez deveres de casa que todas as Transportadoras precisarão colocar em prática em 2013.

1) Retenha e atraia talentos para a sua empresa
Perder profissionais é normal. Não é normal e nem saudável para a sua empresa perder profissionais talentosos. Por isso, tenha um atenção especial para aqueles que a sua empresa considera essenciais.

2) Gerencie a partir de números
Abandone de uma vez por todas o achismo e a tentativa e erro. Isso custa muito caro. Tenha relatórios financeiros confiáveis que permitam uma eficaz gestão, como a DRE - Demonstração do Resultado do Exercício, o Fluxo de Caixa e o Balanço Patrimonial. Tenha também indicadores de desempenho, metas e uma metodologia para a correção e prevenção dos desvios.

3) Atua na causa raiz dos problemas e trabalhe dentro de uma filosofia de melhoria contínua
Uma vez identificada a não conformidade, atua na causa raiz. Para isso utilize as tradicionais ferramentas da qualidade, como o PDCA, 5W2H, brainstorming, Diagrama de Ishikawa, etc. Valorize a sua área de Qualidade e transforme a melhoria contínua em uma atividade de todos os departamentos.

4) Aprimore suas ferramentas de custeio e formação de preços
Implemente (ou aprimore) o processo de custeio e de formação de preços na sua empresa. Não se contente em elaborar preços utilizando as cotações de seus principais concorrentes ou a partir de números mágicos existentes na sua empresa. Garanta que o fluxo de informações seja extremamente confiável e que todos os componentes do custo sejam devidamente apropriados.

5) Seja extremamente rigoroso com custos e despesas
Tenha um domínio total dos custos e despesas da empresa e de seu comportamento em relação ao faturamento e volume movimentado.

6) Aja com empatia e coloque-se no lugar de seu Cliente
Pense como seu Cliente, por mais difícil que isso pareça. Assim, você estará sempre à frente, agindo de forma proativa e não reativa. Compreenda suas reais necessidades e expectativas e proponha a ele novos serviços, e serviços que realmente adicionem valor ao negócio de ambos.

7) Aprofunde-se no entendimento do mercado e na atuação de seus concorrentes
Não interprete o mercado a partir de boatos ou fofocas. Desenvolva mecanismos de inteligência para entender como as variáveis macroeconômicas podem influenciar o seu negócio e o negócio dos seus principais clientes. Monitore também os passos da concorrência para que sejam tomadas as ações para a neutralização de suas ações.

8) Inove em alguma coisa realmente significativa
Verifique o que pode ser aprimorado. Se a ação produzir apenas efeito marginal, avalie a viabilidade de reinventar o modo de fazer. Sem inovação você permanecerá em uma vala comum e estrará totalmente exposto aos efeitos da "comoditização" do mercado. Se precisar, realize um processo de reengenharia na sua empresa.

9) Fidelize o Cliente
Identifique formas de ampliar vínculos com o seu Cliente e de aprimorar os serviços prestados. Trabalhe para ter clientes fiéis, e se possível, clientes vendedores, que recomendarão a sua empresa a outros Embarcadores.

10) Busque relacionamentos ganha - ganha
Seja seletivo ao prospectar novos clientes e ao ampliar seus vínculos contratuais. Não aceite absurdos impostos pelos Embarcadores, como por exemplo: a contratada obriga-se a disponibilizar a quantidade de veículos solicitada pela Contratante em até vinte e quatro horas, sob pena de penalidade financeira.

 Se não for para atuar em parceria, busque um novo Cliente!
  
 OUTROS SERVIÇOS - MATERIAIS EXCLUSIVOS PARA OPERADORES LOGÍSTICOS 

Estudo de Análise de Segmentos de Mercado 2013

A Guepardo Logística, uma divisão de serviços da TIGERLOG, está realizando um  profundo e minucioso estudo de análise de segmentos de mercado, voltado exclusivamente para Operadores Logísticos e Transportadoras no Brasil. O material estará disponível a partir de 11/02/2013.
Reservas podem ser feitas desde já com kelly.bueno@guepardologistica.com.br.

Trata-se de um estudo detalhando contemplando os seguintes segmentos
1)      Alimentos e Bebidas

2)      HPPC - Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos


3)      Têxtil e Calçados

4)      Químico e Petroquímico

5)      Automotivo e Autopeças

6)      Farmacêutico

7)      Alta Tecnologia - computadores, telecomunicações, processadores, componentes eletrônicos, entre outros.

8)      Móveis
É uma excelente ocasião para a sua empresa largar na frente dos demais concorrentes em 2013, investindo seus esforços nos segmentos mais atraentes.

O trabalho detalhará o funcionamento de cada um dos mercados acima, disponibilizando dados relevantes bem como a estratégia comercial recomendada para a abordagem dos Clientes.

Cada um dos segmentos poderá ser adquirido por 180,00 - Cento e Oitenta Reais, através de depósito em conta-corrente. Basta enviar e-mail confirmando o interesse em adquirir o material e informar os dados cadastrais da sua empresa para a emissão da NF. Todos os OITO segmentos poderão ser adquiridos por 990,00 - Novecentos e Noventa Reais.

O material será disponibilizado em versão eletrônica, através de e-mail ou CD, em Power Point, e será encaminhado pelo Correio, no caso de CD.

Conheça um pouco mais sobre a Guepardo Logística.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Artigo: Avarias em transportes... Isso pode matar a sua empresa!

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Avarias podem se transformar em um verdadeiro "pesadelo" para a sua empresa. Além dos danos diretos causados ao material, que poderão indisponibilizar parte ou a totalidade da mercadoria, ainda nos depararemos com os problemas relativos à ruptura ocorrida na cadeia de abastecimento de materiais. Dependendo de como o Cliente final for afetado, além da perda da venda ou até do próprio Cliente, poderemos incorrer no pagamento de multas contratuais, em lucros cessantes, em indenizações por danos morais, etc.

O problema da avaria é maior nas operações de transporte de cargas fracionadas, na qual são movimentadas mercadorias de diferentes valores e características físicas. Além disso, as movimentações decorrente da necessidade de consolidação e desconsolidação das cargas,  entre os veículos de coleta e entrega e os Terminais, acabam expondo os materiais a maiores possibilidades de impactos, vibração, compressões, molhadura e perfurações.

De pouco representativa há alguns anos atrás, as avarias passaram a ter uma grande importância para as Transportadoras (e consequentemente para seus Clientes), chegando em alguns casos a responder por alguns pontos percentuais da receita operacional líquida (ROL) dos prestadores de serviços.

Na prática, as avarias deveriam estar muito próximas de zero, mas vários fatores têm contribuído para seu descontrole e aumento.

Um dos principais fatores de avarias nas cargas está relacionado à qualidade das próprias embalagens, desenvolvidas muito mais com um enfoque mercadológico do que com uma preocupação com a sua eficiência logística, o que acabará afetando a integridade da mercadoria.

O excessivo manuseio também afeta diretamente os índices de avarias. A carga é movimentada inicialmente da linha de produção para o armazém. Do armazém segue normalmente para um veículo de coleta, mas pode seguir para um novo armazém. Do veículo de coleta segue para o terminal de cargas na origem, onde a mercadoria é descarregada, conferida, registrada e encaminhada para um veículo de transferência que seguirá para o terminal de destino. Poderá, inclusive, passar antes por um hub consolidador de cargas; nesse caso teremos uma nova viagem de transferência. No terminal de destino é novamente manuseada e conferida e colocada em um veículo de entrega. Por fim, do veículo de entrega é descarregada no Cliente. No Cliente ainda poderá sofrer novas movimentações até a sua utilização final.

O incorreto manuseio e acondicionamento das mercadorias, na maioria das vezes ocasionadas pela inexistência de procedimentos operacionais ou falta de treinamento da equipe, também contribuem diretamente para o aumento do número de avarias. Tanto por parte do Embarcador como parte do Transportador devem existir manuais operacionais, detalhando a forma de manusear as mercadorias, o modo de empilhar, riscos existentes, etc.

A "convivência" entre cargas de diferentes perfis na operação de transportes colabora para o aumento dos índices de avarias. Muitas Transportadoras transportam mercadorias de características diferentes em peso e volume, com requerimentos de qualidade variados. É muito comum uma transportadora consolidar em um mesmo caminhão materiais como  utilidades domésticas, plásticos, autopeças, produtos têxteis e calçados, bebidas, tintas e vernizes, brinquedos, eletroeletrônicos, etc. Imagine o resultado prático disso...

A demora em solucionar os problemas relacionados às avarias faz com que os Clientes bloqueiem o pagamento dos fretes ou realizem descontos unilaterais enquanto não obtiverem um retorno formal das Transportadoras. Isso colabora para desgastar o relacionamento comercial entre as empresas e impacta diretamente na rentabilidade das Transportadoras.

Tanto por parte das  Transportadoras como por parte dos Embarcadores deve existir uma abordagem técnica voltada à melhoria contínua. Mais do que simplesmente "remendar" o problema, devemos nos aprofundar nas causas raízes das avarias, sejam elas muito ou pouca representativas.

Não basta apenas indenizar o Cliente. Mesmo que a Transportadora ressarça o Embarcador pelos valores devidos, este poderá sofrer graves consequências futuras junto aos seus Clientes finais, em função do atraso de entregas, entregas parciais, entregas não realizadas, etc.

As Transportadoras precisarão reavaliar seus procedimentos operacionais internos, rever seus sistemas informatizados, investir em melhores equipamentos e estruturas para a unitização das cargas, capacitar a equipe e desenvolver controles que permitam um acompanhamento constante dos fatores geradores das avarias nas cargas.

Da parte do Embarcador, é primordial reavaliar as condições operacionais da embalagem e identificar os requerimentos para manuseio e estocagem das mercadorias.

No caso das avarias, trabalhe preventivamente. Não espere o problema se tornar grande e complexo. Bom trabalho!

A Tigerlog oferece diversos cursos para a capacitação em transportes:
1) Custeio e Formação de Preços para Carga Lotação e Fracionada - 02/02/2013 - Guarulhos, SP - Hotel Bristol
2) Básico em Gestão da Operação de Transportes - 21/02/2013 - São Paulo, SP - Hotel Mercure Privilege Moema
3) Como Aumentar a Produtividade no Transporte Rodoviário de Cargas - 17/04/2013 - Guarulhos, SP - Hotel Bristol
4) Gestão da Operação de Transportes - 08/05/2013 - Guarulhos, SP - Hotel Bristol
5) Como Reduzir Custos com Fretes - Negociação Ganha- Ganha - 13 e 14/05/2013 - São Paulo,SP - Novotel  Ibirapuera

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

E vem aumento de diesel por aí... Qual o impacto para o custo de frete?


Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.

A Petrobras sinaliza um novo aumento do diesel para 2013, estimado em 15%. Não se sabe ainda se esse aumento será realizado em uma única parcela ou em dividido em duas ou mais vezes;  a presidente Dilma aguarda as projeções econômicas feitas pelo Ministério da Fazenda para avaliar o impacto dessa medida sobre a inflação.

Seja qual for o aumento, obviamente existirá impacto sobre o custo do frete, já que o diesel é um dos principais (senão o principal) itens de custo para o transporte de cargas. O diesel, como custo variável, está atrelado à quilometragem rodada do veículo, portanto, quanto mais o veículo rodar, maior será o impacto do diesel sobre o custo total de transporte.

Mas qual o impacto desse aumento para as Transportadoras e consequentemente para os Embarcadores ou tomadores de frete? Para simplificar o cálculo, vamos considerar um aumento do diesel de 10%.

Em operações de distribuição urbana, na qual são utilizados veículos de pequeno e médio porte como utilitários, VUCs (Veículo Urbano de Carga, com comprimento máximo de 5,50 metros) e VLCs (Veículo Leve de Carga, com comprimento máximo de 6,30 metros), os custos fixos sobressaem sobre os custos variáveis, devido às pequenas distâncias percorridas. É raro um veículo de coletas ou entregas ultrapassar 100 km rodados em um dia realizando entregas (e até coletas) na região metropolitana que envolve as grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Joinville, Blumenau, Porto Alegre, Caxias do Sul, Recife, Salvador, Fortaleza, Manaus, Belém, Brasília, Goiânia, etc. O componente tempo tem maior peso sobre o componente distância percorrida. É comum os veículos permanecerem muito mais tempo parado, em descarga ou aguardando descarga, do que realmente rodando, se deslocando de um ponto para outro, fora o tempo perdido em trânsito, nos costumeiros congestionamentos que ocorrem com cada vez mais frequência nas cidades mais populosas do Brasil. No caso de um veículo terceirizado, que cobre uma diária de entrega entre R$ 250,00 e R$ 400,00, o diesel representará no máximo algo entre 15% e 20% do custo operacional total. Portanto, para um aumento de 10% no valor do diesel, o impacto no frete de distribuição urbana será de 1,5% a 2,0%. Basta multiplicar 10% por 15% (ou 20%) para obtermos o índice de correção do preço do frete.

Em operações de média distância, onde o veículo percorre 250 km a 500 km, o diesel terá uma representatividade maior, podendo responder por 20% a 30% dos custos totais, portanto, um aumento do preço do combustível significará um reajuste de 2,0% a 3,0% do frete.

Em viagens de média a longa distância, de 500 km a 1.500 km, o diesel representará algo entre 30% e 35%; um reajuste de 10% no preço do diesel provocará uma elevação de 3,0% a 3,5% no custo do frete.

Nas viagens de longuíssima distância, de 1.500 km a 3.000 km, o diesel terá um peso entre 35% e 40%, portanto, 10% de aumento impactará em um reajuste dos fretes entre 3,5% e 4,0%.

Com a Lei 12.619, que disciplina a jornada do motorista profissional, deveremos ter uma alteração nesse perfil de custos, devido ao aumento dos tempos de trânsito, ou seja, as distâncias permanecerão as mesmas, mas os tempos envolvidos aumentarão entre 40% e 50% nas viagens de longa distância, reforçando a incidência dos custos fixos relacionados ao motorista, depreciação do veículo e remuneração do capital.  Resumindo, os custos variáveis pesarão menos no bolso das empresas, dentre eles o próprio diesel. Não é possível definir exatamente o valor dessa parcela de redução, pois será preciso avaliar caso a caso.

Portanto, além dos recentes impactos resultantes da nova lei, será preciso calcular os novos custos com o aumento do diesel, previsto para o início de 2.013.

Cada vez mais seremos colocados em situações que exigirão uma minuciosa avaliação dos custos. Se você não está pronto, prepare-se. Conhecer custos deixou de ser um diferencial e passou a ser uma competência básica de qualquer profissional em nível tático e estratégico. Você está pronto?

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1) Custeio e Formação de Preços para a Carga Lotação e Fracionada - 02/02/2013 - Guarulhos, SP - Hotel Bristol
2)Formação de Controllers em Logística - 04 e 05/03/2013 - São Paulo, SP - Mercure Privilege Moema
3) Gestão de Custos Logísticos - 18/03/2013 - São Paulo, SP - Mercure Privilege Moema
4) Como Reduzir Custos com Fretes - Negociação Ganha- Ganha - 13 e 14/05/2013 - São Paulo,SP - Novotel  Ibirapuera