quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Que tal adicionar um “P” ao Transporte?

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Que tal adicionar um “P” à atividade de transporte? “P” de PLANEJAMENTO! Afinal, quanto tempo você e a sua equipe dedicam ao planejamento das atividades de transportes?

Ao contrário do que muitos profissionais pensam, a atividade de transportes deve considerar as três esferas de decisão: estratégica, tática e operacional. Em nosso dia-a-dia investimos quase 100% do nosso tempo em atividades operacionais, reservando pouquíssimo tempo para atividades táticas, com raras atuações no nível estratégico.

O nível estratégico, por exemplo, compreende a análise e tomada de decisão envolvendo malha logística, perfil dos parceiros logísticos, escopo da terceirização logística, área de abrangência do serviço, política tarifária, nível de serviço por canal de distribuição, atuação com frota própria ou terceirizada, utilização de ferramentas tecnológicas para maior visibilidade e controle, etc. No nível estratégico identificamos, portanto, diversas atividades que demandariam pelo menos 10% a 20% do tempo diário do Gerente de Logística, e algo ao redor de 5% a 10% do tempo dos Coordenadores diretamente envolvidos com a área de transportes.

Se existe muito a fazer, porque então, tanta dificuldade em pensar e agir estrategicamente em transportes? A razão é simples: vivemos dentro de um ciclo “vicioso”, pois como não existe planejamento algum, convivemos permanentemente com problemas, “apagando” repetidos incêndios diários, estando contaminados pela desgastante rotina que desempenhamos como bombeiros!

Na esfera tática, deveríamos estar atuando na melhoria contínua, a partir de indicadores apontando a produtividade, custos e nível de serviço. Muitas empresas gastam até 15% a mais de frete do que deveriam gastar devido às não-conformidades como avarias, re-entregas, devoluções, estadias, penalidades financeiras impostas por clientes, etc.

Ao invés de desenvolvermos projetos que envolvam clientes internos e externos, perdemos importantes horas de nosso dia-a-dia “resolvendo” problemas, procurando culpados entre funcionários, Clientes e parceiros, buscando desculpas para nossas falhas, etc.

Somos estimulados a não pensar e aos poucos perdemos nosso senso crítico. Desenvolvemos uma postura reativa, e nos transformamos em agentes passivos. Deixamos de participar ativamente da mudança e nos tornamos meros espectadores de um trágico filme. Ao invés de olharmos para fora, nos voltamos para dentro da empresa, como verdadeiros “ermitões”.

É preciso romper esse ciclo vicioso e remover as amarras que nos prendem exclusivamente à operação. Podemos tratar isso como paradigma, acomodação ou pura teimosia?

Não importa. Precisamos mudar! Devemos começar pelos PROCESSOS. A revisão e redesenho dos processos nos forçarão a pensar e agir estrategicamente. Desse debate serão traçados novos desafios e novos papéis serão definidos. Novas competências e habilidades serão requeridas, e aí será necessário capacitar as PESSOAS para a mudança. Por fim serão identificadas as FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS mais aderentes aos processos, com as funcionalidades básicas requeridas.
Assim como existe um PPCP no apoio ao processo de planejamento de vendas e operações, por que não criarmos um PCOT – Planejamento e Controle das Operações de Transportes?


Sem o “P”, limitaremos os ganhos possíveis com a gestão de transportes. Perderemos competitividade e colocaremos em risco a nossa empresa. Que tal então adicionar um “P” ao transporte?

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Gestão da Operação de Transportes - PCOT - Planejamento e Controle da Operação de Transportes

Gestão da Operação de Transportes - PCOT - Planejamento e Controle da Operação de Transportes 
Data 17 e 18/03/2014 
Horário 18:00 ás 22:00 
Investimento 720,00 
Local São Paulo - SP


PROGRAMA TÉCNICO 

1. Conceitos Básicos em Transportes 
2. O que é o PCOT Razões para a existência, benefícios, escopo de trabalho, interfaces, estrutura organizacional e atuação nas esferas estratégica, tática e operacional. 
3. SLAs - Service Level Agreement e Contratos na Prestação de Serviços Logísticos 
4. Indicadores de Desempenho na Gestão de Transportes 
5. Tipos de Operações de Transportes e Atuação do PCOT 
a. Carga lotação 
b. Carga fracionada 
c. Veículo dedicado 
6. Veículos de Coleta e Entrega / Transferência 
7. Redes de Transportes 
a. Simples Linear 
b. Complexa 
c. Circuito 
d. Radial 
8. Modelos de Distribuição 
a. Entrega direta 
b. Cross-docking e transit-point 
c. Merge-in-transit 
d. Centros de distribuição CD 
e. Centros de distribuição avançados CDA 
9. Cubagem de Cargas no Transporte Rodoviário de Cargas 
10. Consolidação e Unitização de Cargas 
11. Dimensionamento de Frotas 
12. Roteirização de Coletas e Entregas 
13. Fatores de Produtividade das Frotas e Programas de Qualidade e Produtividade em Transportes 
14. Gestão das Não-Conformidades em Transportes 
15. Infra-Estrutura e Layout dos Terminais de Cargas 
16. Custos de Transportes 
a. Custos Fixos 
b. Custos Variáveis 
c. Taxas 
d. Comportamento e importância dos custos 
17. Soluções Tecnológicas em Transportes 
a. TMS - Transportation Management System 
b. Automação e Conferência de Fretes 
c. Roteirizadores 
d. Sistemas de Rastreamento e Telemetria 
e. WEB / WAP 


Maiores informações através do e-mail: treinamento@tigerlog.com.br 


Geração de Lucros nas Transportadoras: Como Reduzir Custos e Despesas e Aumentar Receitas 
Data 18/03/2014 
Horário 08:00 ás 17:00 
Investimento 720,00 
Local São Paulo - SP 

Projetos Logísticos 
Data 24 e 25/03/2014 
Horário 08:00 ás 17:00 
Investimento 1.200,00 
Local Guarulhos - SP 

Engenharia Econômica aplicada à Logística 
Data 24 e 25/03/2014 
Horário 18:00 ás 22:00 
Investimento 720,00 
Local Guarulhos - SP

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Transportadoras em um Beco (quase) sem Saída...Existe Solução?

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Você já deve ter utilizado essa expressão: "Estamos em um beco sem saída". Ela normalmente é utilizada quando nos encontramos em situações extremamente complexas, difíceis de serem resolvidas, onde nos restam pouquíssimas alternativas. É exatamente o que está acontecendo com a granda maioria das Transportadoras neste momento.

A alta de custos operacionais (diesel, mão de obra, etc.) e os anos de defasagens acumuladas em seus preços, colocaram as Transportadoras em uma situação de alerta extremo. Ou elas imediatamente tomam medidas corretivas e preventivas, ou sucumbirão diante dos desafios futuros.

A verdade é que atingimos uma situação altamente preocupante, que se não for revertida a tempo, levará a uma gigantesca taxa de mortalidade entre as Transportadoras brasileiras, colaborando para corroer um dos mais importantes e estratégicos segmentos da economia, o setor de transportes!

E isso, no médio prazo, contribuirá para um aumento natural do preço dos fretes, em função da oferta e da demanda por serviços.

Não podemos culpar apenas os Embarcadores. Grande parcela da responsabilidade por essa situação caótica deve ser atribuída aos próprios Transportadores, que por sua incapacidade de custear e formar preços, acabaram propondo ou aceitando fretes incompatíveis com as suas realidades operacionais.

O que fazer agora?

A primeira coisa a fazer, é obter os custos reais da sua empresa e apresentar as defasagens para os seus Clientes. De nada adiantará ir ao mercado e reclamar aumentos, se você não sabe exatamente, o quanto pedir. Poderá perder uma excelente oportunidade. Sem argumentos numéricos, você poderá propor 15% de reajuste e aceitar 5%, achando que fez um ótimo negócio. Prepare-se para uma negociação longa e exaustiva.

Seu Cliente está lhe ameaçando com uma cotação no mercado? Sem problemas! Assim ele descobrirá que os fretes estão realmente defasados. Não tema! Ah, mas vai aparecer uma meia dúzia de malucos orçando fretes ainda menores? Sim, claro! Mas aguarde! Seu Cliente provavelmente terá feito um péssimo negócio, e em breve lhe procurará para renegociar, isso se o seu interlocutor ainda estiver empregado!

O segundo passo é mais complexo. Trata de identificar medidas internas para a otimização dos resultados da empresa, definir metas, desenvolver ações de melhoria contínua e monitorar os resultados obtidos.  Isso envolverá pessoas, processos, sistemas de gestão, ferramentas tecnológicas e infraestrutura. É um processo de diagnóstico demorado e complexo, mas necessário. Sem isso, sua empresa será pouco competitiva no mercado.

O terceiro passo trata de uma reorientação estratégica. Ou seja, para onde direcionar a sua empresa no futuro. Onde queremos chegar e como faremos para chegar lá. É um exercício vital para a sobrevivência e perpetuação da empresa. Execute-o imediatamente, e se possível contanto com o auxílio de profissionais especializados.

Realmente, parece que estamos em um "buraco sem saída" e que não há mais o que fazer. A boa notícia é que ainda há o que fazer. A má notícia é que nada será resolvido de forma simples e rápida; vai exigir investimentos, dedicação e perseverança da empresa e de seus colaboradores. É difícil, mas ainda não é impossível.


Infelizmente, muitas Transportadoras não terão fôlego suficiente para essa última caminhada, ou não saberão trilhar o caminho correto, e engrossarão as estatísticas das empresas de Transportes que já não existem mais. Você não quer fazer parte dessa lista, quer?