quinta-feira, 25 de julho de 2013

Artigo: Seu Modelo Operacional Logístico está vivo ou morto?


Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

 Pare e pergunte a si próprio você está realmente satisfeito com os resultados alcançados pela sua operação logística Reflita sobre os esforços empreendidos ao longo dos últimos meses e avalie o êxito obtido. Valeu a pena Se tudo vai muito bem, então guarde para si o segredo do seu sucesso, mas não deixe de alimentar o modelo bem sucedido. Mas, se ao final dessa contabilização a sua conta estiver negativa, é por que provavelmente o seu modelo operacional esteja esgotado ou próximo do esgotamento. Antes que ele seja encaminhado para a UTI, ainda é possível fazer algo para reverter os efeitos nocivos. São sinais de esgotamento, por exemplo, os constantes problemas com entregas não realizadas, pedidos incompletos, furtos e avarias em materiais, fretes emergenciais, falta de produtos, obsolescência e vencimento do prazo de comercialização de mercadorias, atrasos na expedição de veículos devido a pequena quantidade de docas, indisponibilidade de espaço no armazém, turn-over e absenteísmo da equipe operacional, acidentes, aumento recorrente dos gastos logísticos, reclamações de Clientes, entre outros. Mas, o que entender por modelo operacional em logística. 

O modelo operacional é constituído de uma macroestrutura e de uma microestrutura. A macroestrutura compreende os ativos operacionais, tangíveis, constituídos de toda infraestrutura física necessária para a operação, como veículos, terminais de carga, armazéns em todas as suas configurações, equipamentos de movimentação e armazenagem de materiais, hardware TMS, WMS, roteirizadores, entre outros. hardware antenas, servidores, computadores, impressoras, entre outros, sistemas de segurança patrimonial CFTV, detectores de metal, alarmes, sistemas de controle e restrição de acesso, entre outros. Isso tudo pode ser adquirido, mas a utilização desses recursos em sua plenitude dependerá da microestrutura existente. A microestrutura é formada pelas pessoas organograma, plano de cargos, política salarial, competências e habilidades requeridas, quantidade de pessoas, perfil, entre outros processos no qual estão incluídas as normas e diretrizes do negócio, sistemas de informação agora como uma ferramenta de processamento de informações e sistemáticas de gestão ferramentas para o monitoramento da performance e administração do dia-a-dia. Mais do que um casamento perfeito entre a macro e a microestrutura, o modelo operacional, para ser verdadeiramente eficaz, precisa estar realmente orientado para o mercado, de tal forma que aqueles beneficiados diretamente e indiretamente pelo sistema não hesitem em sustentá-lo, de forma a gerar recursos para reinvestimento e inovação, mantendo o modelo competitivo em um ciclo positivo de geração de riqueza e valor para todos os envolvidos, sejam eles Operadores Logísticos ou Transportadoras, Fornecedores, Fabricantes, Atacadistas ou Varejistas e o Cliente final. Se você não está satisfeito, comece questionando sua microestrutura.

 Entenda se seus processos estão realmente alinhados com as necessidades e expectativas do mercado. Avalie se não existem lacunas ou redundâncias significativas. Verifique também se você conta com um capital humano tecnicamente capacitado, motivado e apto a se tornar um agente ativo de mudanças, se não tem, contrate, treine, motive. E também certifique-se que pessoas e processos trabalham a seu favor, ou seja, garanta que os sistemas de gestão extraiam aquilo que a sua microestrutura tem de melhor a oferecer. Sem isso, nada valerá ter a melhor macroestrutura à sua disposição. A macroestrutura é, em quase sua totalidade, resultado da microestrutura. Por exemplo, se você pretende reduzir seu tempo de ciclo e deseja atender os clientes do Interior Paulista em até vinte quatro horas da captação de um pedido, você precisará, além de estruturar sua equipe operacional, os sistemas de informação e as ferramentas de gestão a microestrutura, rever a sua malha logística a macroestrutura, instalando, por exemplo, um Centro de Distribuição Avançado em Ribeirão Preto SP e criando uma linha de abastecimento para ressuprimento dos estoques, gerenciada através de algum mecanismo kanban ou sistema parcial ou totalmente informatizado. Na prática não importa se tudo vai bem, ou se as coisas caminham de mal a pior. Um tem a difícil tarefa de manter-se no topo, distante de seus concorrentes, mas muito próximo de seus Clientes. O outro, precisa rever de forma parcial ou total aquilo que está fazendo. É tão difícil quanto o anterior. É mais complexo pois o tempo é curto e a margem para errar está comprometida. Portanto, prepare-se para uma longa e desafiadora jornada.

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