terça-feira, 1 de outubro de 2013

O verbo da moda é CUSTEAR...você sabe conjugar?

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Pense em uma competência importante para os profissionais de logística. Você deve ter  pensado em várias coisas, correto? Agora, coloque-as numa ordem de importância, da mais importante para a menos importante. Com certeza, as três mais importantes competências estarão ligadas a algo como "orientação para resultados", "hands on", "capacidade de suportar situações de pressão", "flexibilidade", "negociação","familiaridade com números",  "facilidade com cálculos", etc. 
Seja qual for a característica que você priorizar, ela provavelmente terá uma ligação com a capacidade de lidar com os números relevantes da empresa, no  nosso caso, com as cifras relacionadas à operação logística, aquelas que afetam o resultado financeiro da companhia, principalmente o lucro. 
Ppor detrás do lucro está a gestão dos custos. Custos mal dimensionados afetarão a rentabilidade da empresa. Nesse cenário a empresa se verá obrigada a reduzir sua margem de lucratividade ou a repassar suas ineficiências para os preços, podendo perder competitividade (e participação) no mercado. Você gostaria de ver a logística sendo responsabilizada por isso? 
Obviamente que não. Portanto, lidar corretamente com os custos logísticos é condição sine qua non para a sobrevivência e crescimento do profissional da área de logística. E da sua empresa também! 
Comece conhecendo os componentes do custo logístico. Parece fácil, mas não é. Teoria será fundamental. Quanto mais você mexer, mais coisas você encontrará. Esse é o primeiro passo. 
Procure também entender o fluxo de informações para o custeio. Apure os procedimentos e os sistemas de informação por detrás dos custos. Avalie a confiabilidade e a lógica de apuração dos dados. Entenda a fundo o "caminho" que os custos percorrem até chegar a você. 
Na sequência entenda a relação entre o custo e o fator gerador desse custo. Ou seja, o que produz o custo e como se comportam essas variáveis? 
Por exemplo: ao vender de forma fracionada, que impacto isso terá sobre os custos operacionais? Teremos menores quantidades apanhadas, mais vezes ao longo do dia. Isso significará maior necessidade de mão de obra e equipamentos de movimentação. Em função do aumento da complexidade operacional, demandaremos maiores investimentos em tecnologia da informação (coletores de radiofrequência por exemplo) e em automação, e maiores esforços no inventário dos materiais remanescentes. Antes de expedir, a carga precisará ser unitizada, exigindo etiquetas, filme stretch, e mão de obra para o manuseio e preparação. Em função do fracionamento, será necessário um maior nível de conferência, e por aí vai...custos, custos e mais custos! 
Entendendo os custos e os fatores geradores dos custos, restará agora analisar as informações existentes, definir metas de redução e  "quebrar a cabeça" para identificar formas de reduzí-los. Existe uma longa de lista de perguntas que devem ser feitas, como por exemplo:
- existem processos que podem ser eliminados, simplificados ou combinados com outros?
- é melhor eu mesmo fazer ou transferir essa atividade para um terceiro especializado?
- esse parceiro, com o qual trabalho atualmente, é o melhor para a minha empresa? Existem outras opções? Quanto custarão?
- posso automatizar algo e reduzir a necessidade de mão de obra?
- é possível reduzir custos treinando a minha equipe? Que tipo de treinamento é necessário? 
Superada essa "dolorida" etapa, faltará apenas adotar formas de garantir a sustentabilidade dessas ações no médio e  longo prazo, para não perdermos as conquistas alcançadas. Isso envolverá adotar utilização de ferramentas da qualidade, instrumentos de gestão à vista, remuneração variável, etc. Não é fácil, mas é gratificante demais! 

É isso aí...conjugue o verbo custear em todos os tempos possíveis. Não espere que seus concorrentes te ensinem!

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