terça-feira, 8 de maio de 2012

São Longuinho, o Santo dos Armazéns!!!


      
Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Você se lembra de São Longuinho, aquele santo que invocamos quando perdemos algo e ao encontrarmos, recompensamos com três pulinhos?

Você sabia que ele é o santo mais aclamado em todo os armazéns desorganizados, pouco ou mediamente organizados do mundo?

E por que isso acontece?

Isso ocorre porque em muitos armazéns existem materiais "perdidos", que se não forem encontrados há tempo, ajudarão a compor uma estatística perversa, a dos produtos obsoletos (ou mortos), sem valor algum de comercialização, que em muitas empresas chegam a representar até 10% do valor total do estoque. Além da perda da receita pela impossibilidade de venda do material, ainda arcaremos com os custos com a movimentação e armazenagem desses itens até que ocorra uma decisão da empresa e com os gastos incorridos com a destinação final, que poderá envolver a sua descaracterização, desmontagem, reciclagem total ou parcial, incineração ou envio para um aterro sanitário.

Em um armazém de pequeno porte, a busca pelos materiais "perdidos" é uma tarefa relativamente fácil, mas em Centros de Distribuição e Almoxarifados de médio e grande porte, essa procura transforma-se em uma árdua missão, que acaba acarretando em outros diferentes problemas, que impactarão no nível de serviço ao Cliente, produtividade e custos.

Mas qual a razão da "perda" de materiais em armazéns? Como isso pode ocorrer?

Os problemas podem começar na entrada do material, durante a atividade de recebimento e conferência. Itens similares ou até mesmo materiais ainda não cadastrados podem ser identificados incorretamente e registrados erroneamente com códigos que não correspondam à realidade. Com o código incorreto ficará muito difícil localizar o material em estoque.

Na atividade de endereçamento também podem ocorrer falhas, agravadas em situações onde não existam metodologias para o endereçamento de materiais (situações conhecidas como "guarda-se onde dá"), mas também pela utilização de sistemas apoiados em planilhas em Excel, alimentadas manualmente, muitas vezes pelos próprios operadores.

Na estocagem a "perda" ocorre em função da alocação do material no endereço incorreto, sem o devido ajuste por parte do operador. Isso pode ocorrer por pressa e/ou desatenção, mas também por despreparo técnico, ou seja, mesmo o sistema indicando o endereço B(rua), 3(coluna) , 2 (nível), o operador aloca o material no endereço que "julga" ser mais apropriado, por exemplo A-2-2, sem realizar a alteração no sistema. Apenas com o procedimento de auditoria de endereços é que localizaremos esse material "perdido" pelo armazém. Até lá ele poderá ser separado e expedido incorretamente e ainda gerar uma devolução para a empresa.

E como resolver isso?

Uma única ação não será suficiente para sanarmos o problema completamente.

Comece pela revisão e redesenho dos processos operacionais, incluindo formulários utilizados. Procure simplificar ao máximo, sem comprometer a qualidade do trabalho realizado.

Treine a equipe nos novos processos, incluindo as eventuais interfaces automatizadas em seu sistema WMS - Warehouse Management System.

Desenvolva indicadores que permitam monitorar o desempenho das atividade de recebimento, putaway e estocagem, para que de uma forma rápida e precisa possamos identificar o tipo e o tamanho das não conformidades existentes.

Implemente um procedimento de inventário rotativo, além de uma auditoria de acuracidade de endereços, que tem o propósito de localizar materiais "perdidos". Dessa forma os ajustes poderão ser realizados rapidamente, antes que o material possa ser separado e expedido.

Verifique também se não existem "gargalos" operacionais que possam comprometer a acuracidade da operação, como falta de espaço nas docas e plataformas, equipamentos de movimentação inadequados, problemas com o housekeeping,  etc.

Avalie também a forma como o produto é identificado e a sistemática de cadastro de materiais utilizada pela empresa. Identificações muito longas ou muito curtas tendem a confundir o operador. Identificações que intercalam número e letras também geram problemas frequentes. Opte por descrições com até 7 ou 8 caracteres, com uma sequência de letras e números.

Se ainda não tem, avalie a viabilidade técnico-econômico-financeiro para a compra e implantação de um sistema WMS - Warehouse Management System, em conjunto com soluções de automação com código de barras.

Dessa forma minimizaremos a possibilidade de "perdermos" materiais em seu Almoxarifado ou Centro de Distribuição, e o risco de separar e expedir materiais incorretamente, gerando custos adicionais, baixo de nível de serviço e necessidade de retrabalho.

Veja abaixo nossa programação de treinamentos para o mês de Maio
  • 14 e 15/05 Técnicas Avançadas de Planejamento, Programação e Controle da Produção PPCP e Gerenciamento de Estoques das 8h00 as 17h00 Investimento 980,00  Veja mais>>
  • 14 e 15/05 - Excelência na Gestão de Almoxarifados 18h00 as 22h00 Investimento 600,00  Veja mais>>
  • 19/05 Transportes Internacionais Rodoviário - Aéreo - Marítimo das 8h00 as 17h00 Investimento 600,00 Veja mais>>
  • 23 e 24/05 Projetos Logísticos das 8h00 as 17h00 Investimento 980,00 Veja mais>>
Maiores informações através do website www.tigerlog.com.br ou no e-mail treinamento@tigerlog.com.br

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